Road movies foi tema de discussão em palestra do Fórum das Letras

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 22:02

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Janini Sanches e Maressa Nunes

Os Road movies são uma categoria cinematográfica que tem a viagem como seu principal pano de fundo. Os filmes nesse estilo têm um caráter mais solto, desregrado e tem muito a ver com a jornada de transformação do personagem e suas descobertas. Geralmente são feitos sem roteiro e são uma mescla de ficção e documentário.

Esse foi o tema da mesa “Cinema e Deslocamentos”, que teve como convidados Bia Bracher, Marcos Strecker e a mediação de Marcelo Castilho Avellar. Road movies também é tema do livro Na estrada de Strecker, que traz uma análise dos filmes de Walter Sales e sua biografia. O início da mesa foi marcado pela exibição de trechos dos mais importantes road movies como Easy Rider de Dennis Hopper, O Passageiro - Profissão Repórter de Antonioni e Paris, Texas de Win Wenders.

Bia Bracher contribuiu para discussão listando livros que têm como fios condutores as viagens. Destaca algumas diferenças entre os livros e os filmes “O cinema por ser imagem tem uma relação maior com a verdade, portanto o espaço para imaginação é menor.” diz a escritora. Uma das diferenças é o foco narrativo, no cinema fica muito complicado a narração na primeira pessoa. Nos filmes é possível ver todo o ambiente ao redor do narrador, nos livros talvez ele nem tenha se dado conta do que havia a sua volta. Categorizou os livros como épicos, batalhas e conquista, loucos e viagem, romance de formação e a memória como viagem.

A adaptação de livros para o cinema foi uma das questões levantadas por um dos participantes. Muitos filmes não superam as expectativas do livro. Uma das explicações é que a adaptação pode desconsiderar fatos importantes da narrativa do livro, por não corresponder com a intenção do filme. Alguns autores preferem “não ser fiel a história, para ser fiel ao romance”, diz Marcelo Castilho.

Autores discutiram narrativa romântica

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 21:59

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Beatriz de Melo

A segunda mesa do Fórum das Letras do dia 14 de Novembro, “A literatura e a diversidade urbana”, foi excepcionalmente mediada pela professora e idealizadora do evento Guiomar de Grammont. A conversa contou com a presença do escritor José Paulo Cuenca, do jornalista e psicólogo Felipe Pena e do jornalista e escritor Arthur Dapieve, que trataram das narrativas jornalísticas e literárias, das vozes dos personagens, do amor como centro da narrativa e dos motivos para se escrever um livro.

Dapieve começou a discussão ressaltando que o jornalismo permite exercitar o texto, somado a isso existe o risco de o escritor não conseguir escapar da objetividade e da linearidade que ele exige. Felipe Pena concordou e complementou: “a técnica jornalística em alguns momentos ajuda”, sendo que o jornalismo está sempre tentando captar a atenção do leitor. Ele ainda colocou outro tipo de linguagem em questão, os textos acadêmicos. Muitas vezes eles contagiam a maneira que um autor escreve. João Paulo Cuenca não é jornalista, mas escreve crônicas. Para ele, o cronista acaba menosprezado na redação, pela despretensão que seu texto carrega. E advertiu que a técnica da crônica não cai bem para o romance.

Na criação de seus textos, os três escritores trabalham a multiplicidade de vozes dos personagens, que é um elemento responsável pela oralidade implícita em suas obras. Essa técnica submete o romance a vários tipos de leitor. Felipe Pena contou que tem três consultores literários: sua orientadora do doutorado, a namorada e o porteiro do prédio, um time diversificado que avalia as histórias que escreve. Ele revelou que para um bom texto, o escritor deve tentar seduzir o leitor como se seduz uma mulher.

Os clichês da vida são transportados para os livros de romance. A incomunicabilidade entre homens e mulheres e o amor impossível, por exemplo, são temas que criam situações de cumplicidade com o leitor. Divertir, entreter e seduzir por meio das palavras são os maiores objetivos dos autores. Questionados sobre o que se passa na cabeça deles quando estão escrevendo o livro, responderam que não pensam diretamente no leitor, mas sim se identificam com ele. “Eu escrevo o livro que gostaria de ler e ainda não existe”, concluiu Felipe Pena.

Autores discutiram a alteridade na literatura

Postado por: Trombetas | Marcadores: , , | às 21:55

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Janini Sanches e Maressa Nunes

As discussões sobre o outro são retomadas ainda na tarde de quinta-feira na mesa “A Leitura e a Escrita como Experiência de Alteridade”. Desta vez sob um ângulo diferente, o outro aparece diante os escritores na forma do leitor. As questões propostas pelo mediador Carlos Herculano abordaram desde a criação do personagem, e a relação escritor-personagem à existência do leitor ideal.

O escritor multifacetado funciona como um espelho, que reflete a imagem fragmentada dos vários “eus” e vários outros que fazem parte dele mesmo. O leitor, ao entrar em contato com sua obra estabelece uma ligação com apenas um outro refletido, aquele que o escritor acionou através de sua literatura, criando um diálogo outro-outro.

Sobre a composição das personagens, os escritores ressaltaram que criam uma relação íntima com sua obra. Muitas vezes, quando o livro já foi publicado, não conseguem se desvencilhar do controle. “O momento mais doloroso é quando os livros estão nas bancas e o personagem não está mais sob meu controle”, disse Flávio Carneiro. 

Para finalizar, os autores discutiram um pouco sobre a literatura brasileira e africana. O autor natural de Cabo Verde Filinto Elísio agradeceu o convite para participar do Fórum das Letras “É uma oportunidade de por a África no painel da literatura.”

Escreviver, guerra e literatura na África

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 11:33

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Luiza Barufi

Etnias e gingados envolveram o público no ritmo contagiante da África na apresentação Berimbalada que abriu o debate “Escreviver em Guerra”. Dando início à programação central do primeiro dia de Fórum das Letras, guerra e literatura se entrelaçaram no palco, na noite de quarta-feira (10), no Cine Vila Rica, com a participação do escritor angolano Pepetela, a escritora guineense Odete Semedo e mediado pela professora da Faculdade de Letras da Universidade de Liboa,  Inocência da Mata. 

As representações africanas na língua portuguesa compartilharam suas experiências com a guerra, através da literatura. “Somos o princípio, somos mães, somos a terra”, assim, Odete Semedo iniciou o debate e compartilhou os sentimentos de estar vivendo e escrevendo em tempos de guerra, suas lutas internas entre o desejo de abandonar a cidade e a esperança do fim da guerra.

Pepetela defendeu a importância de alguém que está vivendo o conflito escrever sobre ele. “A questão da Guerra atravessa toda a cultura angolana”, declarou Pepetela; a experiência de alguém que sofre e participa da guerra tende a passar pelos livros desses autores. “Na Angola se escreve de amor e de guerra”, completou.

Além dos conflitos na África, temas como desigualdade social e educação foram questões abordadas durante o debate. Os autores africanos, após apresentarem suas obras, compartilharam também quais autores brasileiros que os inspiraram. Pepetela citou Jorge Amado, e diz o ler desde a adolescência, confessou ser ele sua maior influência da literatura brasileira.

Falando de identidade na literatura, Odete concluiu, “Nossa identidade está em nossa diversidade. As várias identidades as que balbuciam nas entrelinhas dos nossos textos.”

Mito e identidade foram temas de debate na tarde de quinta-feira

Postado por: Trombetas | Marcadores: , , | às 16:40

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Janini Sanches e Maressa Nunes

Exótico é sempre o estrangeiro, quem está de fora, e que, por hábito, a partir de nossa percepção mentacultural, ou senso comum, buscamos trazer para dentro daquilo que já conhecemos. Qualquer coisa a ser dita sobre o outro é muito precária e motivada por nosso "conhecimento" sobre os aspectos socioculturais. A ampla discussão sobre o outro e sua importância para a formação cultural do país através de suas crenças foi o tema principal da mesa "Permanência e Recriações da Mitologia Africana no Brasil" que aconteceu no Cine Teatro Vila Rica nesta quinta-feira.

O mito traz a idéia de pertencimento, mesmo não sendo uma verdade absoluta. Sempre há perspectivas diferentes, o que exclui a possibilidade de haver detentores da verdade. "Dentro da mitologia é que você vai encontrar o cerne de sua identidade coletiva", diz professor Felix Ayoh´Omidire. O mito serve como modelador de conduta, por isso o escritor Alberto Mussa reforça a importância de não separar as heranças africanas do processo de formação da identidade cultural brasileira. Caso não haja o entendimento de que a cultura africana pertence também à cultura brasileira, a identidade funcionará mais como fator de afastamento do outro, do que de aproximação.

Ainda falando sobre a formação identitária, os convidados da mesa discutiram sobre a falta de ensinamento da mitologia e da cultura africana nas escolas brasileiras. Sobre isso, o mediador Luiz Antônio Simas fala como a sociedade brasileira foi planejada após a abolição da escravatura. "Este é um processo complicado, pois a sociedade brasileira durante um bom tempo sofreu um processo de branqueamento, em que o imigrantes europeus eram incentivados a ´se casar´ com as mulheres negras". O processo de branqueamento da sociedade não se ligava apenas a pele, mas acreditava-se também no branqueamento da cultura, numa equivocada maneira de pensar que a "cultura negra" é menos importante que a "cultura branca".

No intervalo entre a mesa das 15h e a das 17h, foi apresentada uma esquete teatral, do Grupo Matulandante, no Largo do Cinema.

Através de um teatro de bonecos, os atores fizerem uma breve ilustração, lúdica e musical, da história de Chico Rei.

Ciclo Bravo! de jornalismo: o pouco valorizado universo das HQ’s

Postado por: Léo | Marcadores: , | às 12:48

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Kael Ladislau

Não há como negar: o pontapé inicial da vida de um leitor assíduo começa, em sua maioria, pelas histórias em quadrinhos. No Brasil, a importância desse tipo de publicação se dá com grupos de fiéis leitores dos mais diversos gêneros: os infantis de Maurício de Souza, os aventureiros da Marvel, os western italianos, os Mangas japoneses, entre tantos outros.

Dada essa dimensão, o Ciclo Bravo! de Jornalismo, em seu segundo dia, trouxe para a mesa de debates Wellington Srbek, um dos maiores pesquisadores de quadrinhos do Brasil, mediando a mesa “Literatura em Quadrinhos”. Os convidados foram Daniel Galera, roteirista, e o desenhista Rafael Coutinho. Juntos os dois estão lançando o romance Cachalote.

Muito mais do que um gênero, que infelizmente para o grande público se restringe ao infantil, as HQ’s foram debatidas pelos integrantes da mesa a fim, em parte dos discursos, de esclarecer que quadrinhos não é literatura. “Alguém diz isso porque quadrinho você pega e lê, mas não é por isso que seria literatura.”, contou Daniel. “Não se pode dizer que as HQ’s sejam literatura ou um gênero literário. São formas autônomas” completou Srbek. Rodrigo ainda falou das graphics novels, o romance contado em tiras de quadrinhos. “Esses quadrinhos mais ‘sérios’ são normalmente chamados de literatura. Mas não são. São todos HQ’s”.

Srbek comentou ainda que no Brasil os quadrinhos têm atualmente que viver de adaptações, por não terem espaço na grande mídia, com exceção de Maurício de Souza. Citadas as adaptações como forma de publicação, Rodrigo traça um paralelo entre elas e a publicação autônoma, como o seu Cachalote, bem como Daniel: “um roteiro de uma adaptação de um livro para quadrinhos não é a mesma coisa que um roteiro próprio de quadrinho. O roteirista tem que estar em sincronia com o desenhista para fazer o trabalho de maneira correta. Não é só chegar com o texto pronto e entregar ao desenhista...”.

O que existe mesmo no Brasil é um grande pré-conceito do valor das HQ’s. Diferentemente do Japão, onde os mangás são partes enraizadas da cultura de lá, em nosso país a maior parte das pessoas reconhecem somente as tirinhas de jornais, os infantis e as publicações da Marvel.

Fora todos os percalços que as HQ’s vivem em terra tupiniquim, o Fórum das Letras discutiu junto à mesa do segundo dia de Ciclo Bravo! de Jornalismo no anexo do Museu da Inconfidência a maneira de conhecer esse universo a quem muitos devem o gosto pela leitura.

Affonso Ávila mostra poesia em pleno vigor

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 15:40

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Janini Sanches e Maressa Nunes

A cada novo livro, Affonso Ávila se renova, e sua poesia hetérea se consolida sempre com uma nova proposta. No palco do Cine Teatro Vila Rica, o poeta poente abre espaço para o poeta ascendente. Convidado para a leitura de algumas de suas poesias, Affonso fala das manifestações de amargura, que convocam sentidos e percepções sobre os absurdos do mundo e do ser, de seu livro Poeta Poente. Mas, não deixa de exaltar o sentimento de esperança ou a beleza do tudo, numa tentativa de dizer “Estou vivo” a essa altura da vida.
 
Em suas novas poesias é possível identificar um pouco do estilo barroco, como ressaltou a mediadora Melânia Aguiar. Dando voz ao público, a tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual, características do barroco são retomadas na pergunta de uma espectadora. A poesia que entra também na ordem política do mundo, para resistir à injustiça e a opressão social, e a sua eficácia nesta luta foram questões também colocadas para o autor. “A poesia tem uma abrangência que extrapola uma designação, em que a realidade é sempre perpassada”, diz Ávila.
 
O poeta recebeu ainda uma homenagem do prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo Araújo, que falou um pouco de sua trajetória e a importância de sua obra para a comunidade ouropretana. O prefeito prestou também uma homenagem a Tomás Antônio Gonzaga, devido ao bicentenário de sua morte, “Tomás está presente em Ouro Preto, em todas as ruas é possível encontrá-lo”. Por fim, Affonso Ávila recebeu o comunicado de cidadão honorário, do presidente da câmara dos vereadores, Julio Pimenta, pelos serviços prestados para a conservação do patrimônio cultural da região.

Primeiro dia de Ciclo Bravo! de Jornalismo: o panorama da literatura de jornalismo no Brasil e Angola

Postado por: Trombetas | Marcadores: , , , | às 15:32

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Kael Ladislau

FOTO: Kael Ladislau
 Uma das novidades da sexta edição do fórum das Letras, o Ciclo Bravo! de Jornalismo teve início na manhã desta quinta-feira (11) no anexo do Museu da Inconfidência em Ouro Preto.

Com a contribuição do tema principal do Fórum deste ano, a África, a mesa discutiu “Literatura e resistência: publicações alternativas”. Como convidados, o angolano Jacques dos Santos expôs o exemplo de Chá de Caxinde. Os brasileiros Rodrigo Garcia Lopes, da revista Coyote e Rogério Pereira, do jornal Rascunho, também falaram cada um de sua publicação.

Frisando o dia da independência de Angola ser neste data, Jacques apontou a literatura de seu país como “a argamassa da forte construção do poderoso país que se tenta levantar”, tendo em consideração o jovem país que há 25 anos desvinculava-se de Portugal. Falou da dificuldade, mesmo com alianças literárias internacionais, da exportação de obras angolanas e lamentou-se dizendo que o "novo" na literatura angolana é completamente desconhecido.

Para o jornal Rascunho, de Rogério Pereira, as coisas também não foram fáceis, apesar de seus 10 anos completados em 2010. Pereira narrou a história do então encartado de um jornal curitibano, que ganhou força e se tornou maior que o próprio veiculo na qual o publicava. Desvinculando-se desse jornal, o Rascunho se tornou independente, sem recursos de incentivos de cultura e hoje conta com colaboradores de renome, como José Castello, chegando aos leitores de todos os estados do país e a consulados brasileiros no exterior pela assinatura.

Também contando a história da revista literária Coyote, Rodrigo Garcia Lopes lembrou o surgimento de revistas com esse suporte na história da literatura brasileira, sempre associadas a escolas literárias. Mas a diferenciou: “não temos nenhum movimento literário nem damos privilégio a algum”, comentou Rodrigo.

Acerca da importância de se fomentar literatura e do papel exercido por quem o faz, Rogério comenta que a Rascunho é uma fagulha na tentativa de mudar a pessoa que a lê, não se importando de quem seja. Já Rodrigo Lopes acredita que a literatura não está “mal das pernas”, mas sim a falta de informações sobre o assunto a torna mal informada.

O Ciclo Bravo! de Jornalismo acontece durante esse Forum sempre as 11h no Museu da Inconfidência.

Marcas religiosas e culturais se unem para a abertura do 6º Fórum das Letras

Postado por: Trombetas | Marcadores: , , | às 20:52

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Kael Ladislau

A igreja do Carmo em Ouro Preto, uma das tantas famosas igrejas da cidade histórica, recebeu entre sua galeria de arte barroca a abertura do 6º Fórum das Letras na manhã desta quarta (10). Na cerimônia, a organizadora do evento, a professora Guiomar de Grammont, ressaltou a importância do homenageado deste ano: O continente Africano. “A África é um componente importante para a formação de nossa língua”, contou durante a solenidade.

A abertura oficial da sexta edição do Fórum das Letras ainda contou com a presença do prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo que frisou alguns dos pontos na qual o continente africano se liga ao Brasil e em especial Ouro Preto. Num deles, lembrou de Antônio Gonzaga, filho de africanos, que residiu na cidade e tem no ano de 2010 o bicentenário de morte. “A raiz africana é a soma das contribuições do que compõe a cultura brasileira”, comentou ainda levantando elos entre o continente e a antiga Vila Rica. Para a ocasião vários autores africanos estavam presentes na plateia e farão parte também da programação do Fórum. Ao fim do evento foram lidos alguns poemas de Ferreira Gullar, presente entre os que assistiam e dito na solenidade como um dos maiores poetas vivos brasileiros.

Fórum das Letras realiza belíssima homenagem ao poeta Ferreira Gullar

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 20:45

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Lázaro Borges

O Fórum das Letras começou na manhã do dia de hoje (10) com uma homenagem a um dos seus maiores convidados, o poeta Ferreira Gullar, na Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto. Neste ano, o poeta completa 80 anos de vida e também lança o seu mais novo livro, Em alguma parte alguma, depois de mais de onze anos sem publicar poemas.

Na homenagem, poetas de Ouro Preto leram alguns poemas do novo livro como Fica o dito por não dito, Reflexão sobre o osso da minha perna, O Duplo, Uma corola e Galáxia. Gullar, tido por Vinicius de Moraes como o último grande poeta brasileiro, disse em entrevista que fazer poemas é algo esporádico, e que a literatura é a sua grande fonte amenizante de tristezas e dor nesta vida, quando não de grandes felicidades.

Fórum das Letras de Ouro Preto promove homenagem a Tómas Antônio Gonzaga

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 20:42

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Leidiane Vieira

Nesta quarta-feira (10), primeiro dia do Fórum das Letras 2010, o poeta Tomás Antônio Gonzaga foi homenageado, às 13h, no Museu da Inconfidência de Ouro Preto, local onde se encontra seu túmulo. Neste ano, comemora-se o bicentenário do autor da obra Marília de Dirceu.
Para prestar a homenagem, ninguém menos que o grande poeta brasileiro: Ferreira Gullar. O poeta depositou flores no túmulo de Tomás Antônio Gonzaga, e disse que estava emocionado, pois se sentia, ele sim, homenageado em poder presenciar um momento como aquele.
O escritor Affonso Ávila, que também iria participar do evento, não pode comparecer, devido a problemas de saúde.

Os bonecos, a Argentina e as testemunhas

Postado por: Trombetas | Marcadores: , | às 19:03

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Alice Piermatei

Durante a 4ª Mostra de Teatro de Bonecos promovida pela Cia. Navegante Teatro de Bonecos, Mariana e Ouro Preto (MG) receberam artistas e bonecos de dentro e fora de Brasil apresentando espetáculos e boas ideias.

Adriana Sobrero, argentina de Buenos Aires e bonequeira, apresentou “La Luna como Testigo” (A Lua como Testemunha) durante o evento e encheu de graça as praças e teatros das cidades. Combinando linguagem simples e ensinamentos valiosos a artista cativou os espectadores envolvendo a plateia de tal maneira que a diferença de idioma passou despercebida.

Na trama, Romualdo vive o “drama” de tentar entregar a lua a Rosaura, sua namorada tão querida; no meio do caminho ele se depara com um pintor e suas lições de vida, conversa com o público, encanta e diverte. Os protagonistas, com seu jeito divertido e atrapalhado, não nos permitem imaginar tudo como um simples espetáculo de bonecos, mas sim como um espetáculo.

O Agarrate Catalina, grupo de teatro do qual Adriana faz parte, surgiu em 1997, e desde lá atua de maneira independente investigando e produzindo peças para contar histórias em todas as partes de mundo.

A mostra foi idealizada por Catin Nardi, artista bonequeiro, também argentino, que mora há anos em Mariana e está à frente da Cia. Navegante. Participaram ainda do evento as seguintes peças e artistas: “O Romance do Vaqueiro Benedito” de Chico Simões; “Um tal Francisco” de Talitha Leite, “Musicircus” de Catin Nardi e “Espetaclim” de Paulinho Polika.