Exposição fotográfica retrata paisagens mediterrâneas

Postado por: Trombetas | Marcadores: , , , , , , | às 18:16

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Maria Aparecida Pinto

A exposição fotográfica “Olhar Mediterrâneo” de Marcelo Carvalho se encontra na Galeria SESI-Mariana. O evento, que se iniciou no dia 6 de setembro, estará aberto de terça a domingo, das 9h às 19h, até o dia 30 deste mês. A entrada é franca.

“Olhar Mediterrâneo” revela partes da essência da região ensolarada que se banha no Mar Mediterrâneo. Marcelo Carvalho registra paisagens de cidades da Grécia: Corfu, Santorini e Mykonos. Cenas de localidades da Croácia: Dubrovnik e Split, além de fotografias de Funchall, Ilha da Madeira, em Portugal. 

Carvalho, que se interessou pela arte de fotografia após realizar um curso promovido por uma companhia fotográfica de Ponte Nova, comemora dez anos de trabalho na área fotográfica expondo trechos de sua visita pela região que nomeia a exposição.

Fotografias caracterizadas pelas cores quentes, vermelho e amarelo, dividem espaço com imagens em que há a presença de jogos de luzes e sombras. Transpiram-se sensações táteis e mesmo sem a predominância de sujeitos agentes nas fotografias os reflexos fotográficos aproximam o clima mediterrâneo ao visitante.

O mar em sua amplidão contrasta com o mirante cinza contemplador. O azul fluido é livre, o mirante está preso às formações rochosas contentando-se em admirar o partir e o chegar das embarcações e aves. Tons de vermelho colorem portas, muros, paredes e arcos. Molduras naturais da paisagem.

Visões panorâmicas das polis permitem o uso de metáfora: revelação de pérolas brancas incrustadas em construções rochosas. São casinhas brancas que refletem a luz solar e tornam o ambiente ainda mais clean, construindo auras.

Ruas sem muito movimento, ladeiras vazias: esta é a liberdade. A praia é logo ali, embarcações de grande porte e pequenos barcos de pesca param por um instante ou dois para confraternizarem-se nas águas translúcidas.

Na terra, outro mar se estende. É o mar de sombrinhas de praia e cadeiras de descanso. O mar da leve brisa que navega para o sonho.

Mas nem tudo é mar azul e céu azul que se refletem, há registros históricos que remetem ao passado. O centro histórico é formado por construções de luz e sombra, o branco e o preto, mas se eleva em torres de sino e relógio e em telhados pontudos que convergem para o ceu. Assim como torres elegantes e altivas, as pilastras ainda mais verticais pelo ângulo de mergulho, que lhes confere grandeza, delimitam espaços.

Casas e prédios com paredes que descascam requisitam o leve toque do olhar. É sombra ou luz quando se sobe escadas de soleiras altas e firmes, em estilo gregoriano.

Rochedos e mirantes são semelhantes às partes antigas das localidades: paredes centenárias, lamparina na porta. O pretérito encontra o presente dos varais de roupa que contrastam com os tijolos das paredes. 

Casas típicas, escadarias e arcos conduzem à sensação de profundidade. É a ascensão para lembrar que há o passado, mas o momento é o agora. Agora formado de castelos e carros modernos, de mirantes e mar, de rochedos e fluidas águas que reverberam e refletem o vermelho e o amarelo das cidades.

“Olhar Mediterrâneo” abre rochosas portas que conduzem direto ao mar. Mar que reverbera história.

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